QUANDO EU TE LEIO
Quando, por minha felicidade e por bondade tua, leio o que
escreves (muito interessado, pois sei
bem o teu valor) espero sempre com total avidez poder beber as tuas inspiradas
palavras, que ao longo do tempo, isto é, desde que te conheço, me têm
proporcionado momentos inesquecíveis bem
guardados em mim para todo o sempre, como um tesouro raro.
Ultimamente, por razões que naturalmente te assistem, mas
por azar meu, não tenho tido tantas oportunidades de te ler, sem que saiba bem
os porquês de tal ausência, o que me deixa deveras inquieto.
Muitas vezes interrogo-me, desejando encontrar respostas,
mas… sempre receando que algo de menos bom te impeça de o fazeres, o que me
traz preocupado, crê, Amiga!
Confesso que prefiro (sem que isso seja bom) admitir alguma preguicite
ou, até, falta de disposição/inspiração que quisera fosse momentânea, isto é,
passageira, para meu e teu bem; nunca por razões de impossibilidade, por
controlo de outrem, como já aconteceu, infelizmente, em outro tempo, embora
distante.
Ninguém tem o direito de coartar a
iniciativa, a liberdade, a quem- num anseio legítimo e filho do seu sentir- quer
partilhar sentimentos, dar largas às suas emoções, enriquecendo os que, por
gosto (por bom gosto) venham também a ter o privilégio de enriquecer conhecimentos, lendo tais escritos. “Não se esconde a
luz debaixo do alqueire”… lá diz o Novo Testamento.
Por mim, quando te leio- atento, naturalmente,
ao conteúdo- delicio-me
especialmente na forma- isto é, na hábil ligação das
ideias, que fazem de ti uma verdadeira escritora que eu tanto prezo e tu
sabe-lo muito bem.
Detenho-me sobre o conteúdo- sobre os temas que escolhes-
no entanto, e embora os aprecie pela variedade, devo ser sincero que ainda me
encanta mais a forma- o requinte que
pões nas palavras que com sentido e arte superior, compões os teus textos.
Então, esperançado, e tendo como
base a tua capacidade de comunicar de uma maneira muito própria- muito"sui
generis", fico aguardando impacientemente mais algum tempo, na expetativa de que
me brindes com as tuas letras de ouro, para mais uma vez eu poder felicitar-te
ao dirigir-te o meu justo elogio, em simultâneo com o meu gesto de gratidão.
Portanto- Amiga- fico à espera e
olha “ que quem espera… desespera!”
Assim- senhora- seja em que circunstâncias
for- mãos à obra, mãos ao trabalho ! E, se vires que o mereço, dá-me a dita de
muitas mais vezes te ler com a alegria costumada, com o gosto de sempre.
Cá fico à espera.
Beijos e abraços.
JGRBranquinho
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