quarta-feira, 10 de abril de 2013

COMO UM CASTIGO


        COMO UM  CASTIGO

Vi-te hoje aqui- senhora- mais uma vez!
Linda te olhei e encantado te admirei.
Mas vi-te e falei-te com tal timidez
Que nem me lembro do que então falei.

Encanta-me e inibe-me a tua presença,
E sei que és tão boa, meiga e delicada!
Porquê, então, esta amarga diferença
Se és para mim a presença amada?!

Salta-me o coração dentro do peito!
Perco, mesmo, algum do meu jeito!...
Embarga-se, um tanto, a minha voz.

Sinto que não sei mesmo estar contigo!
Meus nervos são pra mim como castigo
Que não mereço quando te tenho a sós.

 (Revisto na Quinta da Piedade
 em 9 de abril de 2013)
JGRBranquinho

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