O QUE REVELO E O QUE
NÃO REVELO
Quis escrever,
escrever palavras bonitas ao meu Amor. As mais bonitas palavras de amor, ao meu
Amor. Ele merece tudo o que, inspirado, eu seja capaz de escrever!
Hoje, embora com algumas tarefas por executar,
senti uma vontade mais forte que os meus deveres, escrevi, e enviei por mãos um
bilhetinho que a meu ver talvez pudesse ser melhor. Foi o que consegui escrever
e não me atrevo a deixar aqui por considerar um sacrilégio, revelar.
Todos temos dias
assim! Todos temos- os que amamos- momentos em que nada consegue impedir-nos de
comunicar com quem amamos, esquecendo outras obrigações do dia a dia.
Há pouco tempo (mas
sempre se afigurando um longo tempo) que nos encontrámos e tomámos o nosso
habitual café na avenida, sob o olhar de alguns mirones roídos de inveja, que
ambicionariam estar no meu lugar. Sim, porque eu conheço-os bem e sei dos seus
desejos…
Quantas vezes se
manifestaram (e manifestaram até com meu conhecimento) ao ponto de um deles,
ainda há bem pouco tempo, ter pretendido seduzir a mulher que eu amo com toda a
força do meu coração, com toda a veemência da minha alma.
A sorte é de quem na
tem e eu julgo-me um sortudo por ter a minha namorada.
Agora, o meu maior
desejo (além de querer estar de novo com ela) é saber como reagiu ao que
escrevi e, principalmente, como escrevi.
Pedirei mesmo que
seja sincera, pois quero saber e aprender mais em cada dia que passa, isto é,
poder corrigir o modo como escrevo. Uma crítica construtiva é sempre útil e eu
saberei aceitá-la, especialmente por vir dela, a quem eu reconheço muito valor.
Ao contrário, conheço
pessoas que estão muito convencidas do seu valor e não aceitam uma crítica ou
conselho, preferindo viver na ilusão de uma opinião favorável. Entendo que
quando damos uma opinião devemos ser sinceros. É a nossa opinião e nada mais.
Se alguém prefere ser enganado e não aceita a verdade duma apreciação bem-intencionada,
então…
Claro que também
compreendo que nem todas as pessoas estarão dispostas a ajudar, por receio de
não serem bem aceites ou, até, por não terem interesse em fazê-lo, não se
preocupando com os outros a quem poderiam ser úteis, esclarecendo-os
oportunamente.
Na maior parte das
vezes, tenho observado que alguns “dão a despachar” e elogiam logo sem mais
preocupações.
Digo isto porque
também durante muito tempo me aconteceu ouvir elogios em que eu próprio não cri
e me levaram a não publicar por ausência de crítica, pois não era possível
aceitar que tudo o que dava a conhecer estava correto.
Isso está errado e é
não querer ajudar, continuando os que escrevem (principalmente os iniciados na
escrita) sem a ajuda que procuravam e impedidos de progredir, já que, não se
sentindo ainda muito seguros, precisam conhecer a opinião dos que consideram
saber mais.
Quem me ler, é muito
possível que saiba tudo o que aqui deixo escrito, até por experiência própria.
Acredito sinceramente. Que me desculpem, pois.
NOTA:- É um escrito a
que acrescentei pouco. Tinha-o numa velha sebenta.
Quinta da Piedade, 19
de janeiro de 2015
JGRBranquinho
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