SONETO TRISTE
Vergado ao peso duma dor de amor
Caminhava triste, revoltado, o rapaz.
Não parecia a todos nós ser já capaz
De reagir a tal fatalidade, extensa dor.
Tinha perdido ali o seu grande Amor
Nada o consolava, nada o animava!
Por isso, abatido, cabisbaixo, chorava,
Tinha sido o último adeus à sua Flor.
Com ela tinha namorado com paixão
Entregara-lhe por completo o coração
Ela era para ele a sua própria vida!
Tinha morrido ali a sua bonita amada!
Nunca mais teria a sua moura
encantada!
Apenas a eterna saudade, dolorosa ferida.
(Na morte, por tuberculose, de uma jovem rapariga)
Quinta da Piedade, 29 de janeiro de 2015
JGRBranquinho - "Zé do Monte"
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