quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

SONETO TRISTE



SONETO TRISTE

Vergado ao peso duma dor de amor

Caminhava triste, revoltado, o rapaz.

Não parecia a todos nós ser já capaz

De reagir a tal fatalidade, extensa dor.



Tinha perdido ali o seu grande Amor

Nada o consolava, nada o animava!

Por isso, abatido, cabisbaixo, chorava,

Tinha sido o último adeus à sua Flor.



Com ela tinha namorado com paixão

Entregara-lhe por completo o coração

Ela era para ele a sua própria vida!



Tinha morrido ali a sua bonita amada!

Nunca mais teria a sua moura encantada!

Apenas a eterna saudade, dolorosa ferida.



(Na morte, por tuberculose, de uma jovem rapariga)



Quinta da Piedade, 29 de janeiro de 2015
JGRBranquinho    -   "Zé do Monte"

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