terça-feira, 10 de março de 2015

CANTO A ÉVORA


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ÉVORA ( Canção )



 

                ÉVORA
ÉVORA, ENCANTADA  CIDADE
CIDADE DO MEU ENCANTO.
PARA MIM NÃO TENS IDADE
E QUERO-TE TANTO, TANTO.
ÉVORA, AMADA CIDADE
ONDE AMEI E FUI AMADO
RECORDO HOJE COM SAUDADE
O TEMPO FELIZ DO PASSADO.
ÉVORA, ADORADA CIDADE
TERRA DA CLARIDADE
DE TÃO FORTE INSPIRAÇÃO!
ÉVORA, QUERIDA CIDADE
TERRA DA FELICIDADE
QUE GUARDO NO CORAÇÃO.
José Garção Ribeiro branquinho.



C A N T O    A    É V O R A

Canto a Évora- cidade amiga, cidade antiga, Cidade Museu, cidade/paixão desde os meus tempos de menino, hoje justamente consagrada como Património Mundial da Humanidade.
Ali passei quinze dias como prémio de meus pais, após ter concluindo o ensino secundário.
Ali devorei vários livros do meu interesse na altura, ali aprendi a conhecer melhor esta bela e histórica cidade alentejana, também designada rainha do Alentejo.
Ali, curiosamente, se alterou a minha voz de menino, o que causou admiração à minha família e aos meus amigos, quando voltei a casa. Ali namorei- com direito a fotografia- ali fui feliz!
Coincidiu a minha estadia com a célebre Feira de S. João- feira das cerejas da minha Ribeira de Nisa- vendidas por homens meus conterrâneos e que eu bem conhecia, o que me conferia, também, maior segurança, melhor bem-estar.
Lembro-me que fui ao Turismo, adquirindo folhetos relativos à cidade, o que me deu a oportunidade de melhor conhecer esta urbe transtagana, tão bem cantada já nessa altura por grandes artistas e que eu- modestamente- também imitava.
Estava muito calor! Era o mês de junho em toda a sua pujança, e eu visitava os monumentos:- Templo de Diana, a imponente Sé Catedral, as Igrejas da Graça Igreja e de S. Francisco com a célebre Capela dos Ossos, a bela Praça do Giraldo, etc., os bens cuidados jardins, as suas ruas estreitas de calçada, olhando, simultaneamente encantado, as bonitas montras das inúmeras lojas, bem fornecidas dos mais variados artigos.
Passava muitas tardes nos jardins, lendo e fazendo as minhas versalhadas de elogio à cidade e, claro, os primeiros versos de amor, sob a influência e inspiração de CAMÕES E FLORBELA e, também, de alguns poetas populares alentejanos, bem como do célebre António Aleixo.
Guardo e guardarei para sempre, esse tempo maravilhoso - o mais longo que até ali tinha passado longe do meu cantinho no Monte Carvalho dali distante um pouco mais de cem quilómetros.
Volvidos poucos anos, terminada a fase de instrução militar como miliciano, em Lisboa, tendo que escolher uma cidade para cumprir o restante tempo de serviço, a minha decisão não podia ser outra e logo escolhi a minha amada Évora, integrado no RAL 1- Regimento de Artilharia Ligeira Nº 1- hoje uma Faculdade.
 Eu não podia trair o meu amor. Tinha que ser assim!
Já nos finais dos anos cinquenta, ali voltei e ali se decidiu a minha vida, ao obter o meu Curso de Professor.
Depois, ali voltei por diversas vezes para poder acolher-me em seus braços, receber o seu desejado conforto, assim suavizando minhas eternas saudades.
Como esquecer esta cidade?! Jamais!
Quinta da Piedade, 10 de março de 2015
JGRBranquinho  -  “Zé do Monte”

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