Ó alvorada de
suavidade calma-
numa miscelânea de ricas cores-
numa miscelânea de ricas cores-
terna, bela e
cativante,
que no meu lugar de
nascimento
me trouxeste tão belo
dia!
A ti, o meu sincero
obrigado
por tal encantamento.
por tal encantamento.
Rompeu há pouco o Rei/Sol
beijando a minha terra/mãe uma vez mais.
Assistir a tão
magnificente espetáculo, é presenciar um dos mais belos e inolvidáveis momentos
em plena Natureza!
Aos poucos… um ténue
clarão surge por detrás da nossa exuberante Serra, dando-lhe o destaque escuro em fundo
luminoso, mostrando aos nossos olhos seu imponente e correto perfil arredondado, coroado pelo alvo pinoco (marco geodésico) que se avista a léguas de distância.
Depois, já mais
elevado, vai o Sol enchendo-a de luz até cobri-la de pleno, alastrando sua
luminosidade por toda a encosta até ao vale; este vale onde me encontro
verdadeiramente absorto, encantado por toda esta beleza que permanecera
adormecida desde a noite anterior, quando o Sol teve o seu ocaso, se despediu no horizonte oposto.
Acordado mais cedo (já sob o canto madrugador dos pássaros) tinha em vista poder assistir ao nascer
do Sol, que, aliás, segundo a meteorologia, era garantido termos um dia sem
nuvens que impedissem o espetáculo único do seu nascimento na minha zona- Ribeira de Nisa,
Portalegre- situada no sopé da Serra de S. Mamede- no grandioso Parque Natural.
Pensei, então, que
este privilégio não está ao alcance de todos... Melhor dizendo, está, mas só para
os que levantam mais cedo que o próprio Sol.
As pessoas no campo (cada vez também em menor número pelas razões que se conhecem)
por terem que cuidar das terras e dos animais, naturalmente são bafejadas por
essa dádiva, sem muitas vezes repararem nela, tal a habituação diária decorrente do seu modo de vida com início ainda antes do nascer do Sol.
Não as censuro (por essa aparente indiferença) pois
que, para elas, pela repetição constante, deixou de ser novidade e, os seus deveres de trabalho diário- duma
exigência permanente- se sobrepõem a essa contemplação.
Passou a ser vulgar e nem nesse quadro maravilhoso muitos reparam. No entanto, não vou generalizar, pois sei que os poetas não passam indiferentes a tal visão e a apreciam e cantam, cada um à sua maneira, mas sempre apropriadamente, deixando-nos belos testemunhos em verso ou prosa poética, sobre o dealbar do dia como também do seu escurecer (talvez até mais vezes visto) e que rivaliza com o espetáculo do amanhecer.
Passou a ser vulgar e nem nesse quadro maravilhoso muitos reparam. No entanto, não vou generalizar, pois sei que os poetas não passam indiferentes a tal visão e a apreciam e cantam, cada um à sua maneira, mas sempre apropriadamente, deixando-nos belos testemunhos em verso ou prosa poética, sobre o dealbar do dia como também do seu escurecer (talvez até mais vezes visto) e que rivaliza com o espetáculo do amanhecer.
Destaco, aqui, também,
os poetas populares (alguns deles com breve passagem pela Escola) e que mesmo com erros ortográficos ou empregando regionalismos
que por tradição oral foram passando de pais para filhos, de avós para netos,
sabem cantar estas e outras realidades de um modo muito peculiar. Quantos deles
desconhecidos! Verdadeiros filósofos! Verdadeiros poetas! De uma sensibilidade
admirável que nos prende e encanta.
O nascer e o por do
Sol têm merecido, muito justificadamente, alguns dos maiores e melhores poemas,
quer eruditos quer populares, bem como motivos de escolha dos mais célebres pintores e fotógrafos, todos dignos da nossa justa admiração.
Assim há de continuar a ser até que o mundo seja mundo.
Assim há de continuar a ser até que o mundo seja mundo.
Escrito na minha casa do Monte Carvalho- Ribeira de Nisa- Portalegre.
JGRBranquinho - “Zé
do Monte"
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