sexta-feira, 6 de março de 2015

O AMOR




Jamais encontrei palavras
para descrever o meu amor,
 como merecia!
As palavras,
por muito que me esforçasse,
ficavam sempre aquém
do que sentia o meu coração.
Muito louvavelmente, procurei,
 em dias de maior inspiração,
definir a realidade do que sentia
mas… sempre em vão!
Irritava-me comigo mesmo
por não ter essa capacidade.
Por não saber traduzir-
-em verso ou prosa-
quanto me ia na alma!
Todos os dias ansiava
atingir esse desiderato!
Sofria e desesperava, confesso.
Escrevia, lia e relia,
e chegava sempre à mesma triste conclusão,
dizendo para mim mesmo:
- Ainda não foi hoje que o conseguiste!!!
Estava, na maior parte das vezes,
fisicamente distante do meu Amor.
Queria que tivesse a certeza
da intensidade do meu querer
e… faltavam-me as palavras
por mais que tentasse!
Mais tarde, conheci outros
que também assim sentiam
e vi, então, quão demasiada ambição,
era a minha!
Quanto inexperiente, ingénuo, eu era!
Ainda há de vir o primeiro
que diga com total realidade,
(se ama verdadeiramente)
o que sente e como sente!
É corrente ouvirmos- isso sim-
“faltam-me as palavras”-
-ante a dificuldade sentida
para se poder confessar com realismo
- R E T R A T O    F I D E L Í S S I M O-
tudo o que  se sente pelo ente amado.
 Por mais que nos esforcemos,
ficaremos sempre aquém
da valia e fulgor deste sentimento
- o mais nobre de todos!
O  A M O R  É ALGO DE DIVINO!

Quinta da Piedade, 6 de março de 2015
JGRBranquinho   -   “Zé do Monte”


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