terça-feira, 24 de março de 2015

NOITE DE INVERNO



Chovia copiosamente
 naquela noite escura!
Era o feroz inverno
turbulento, assustador.
A Terra em forte sobressalto
 sob tal fragor
Tudo e todos sofrendo
atribulada agrura. 

As gentes do lugar
rezavam a seus santinhos
Num receio natural
que não podiam ocultar!
As tímidas crianças
mandavam, então, deitar.
Na cama as acalmavam
 com seus carinhos.

Não podiam assustar-se mais,
nem tanto!...
Como eles nessa noite
 de tempestade.
Depois…de novo
 orações de ansiedade
Pra que o tempo amainasse
 em seu recanto.

É já muito tarde, muito tarde!
É preciso, agora, descansar.
Na lareira uma acha ainda arde
Mas amanhã é preciso ir trabalhar.

Quinta da Piedade, 24 de março de 2015
JGRBranquinho   -   “Zé do Monte”

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