A COIMBRA - décimas
(Glosando esta minha quadra)
Coimbra de meus
amores
Coimbra minha
verdade
Coimbra campo de
flores
Fores da minha
saudade.
Em teu seio fui feliz
Terra amiga sem
idade!
Hoje és minha saudade
Ninguém, como eu, te
quis.
Longe de ti… infeliz.
Em ti formaste
doutores
Renderam-te seus
louvores
Alegres te
enalteceram.
Jamais de ti se
esqueceram.
Coimbra de meus
amores.
Em ti encontrei
abrigo
Na distante mocidade.
Foste mãe, qu’rida
cidade
Jamais aí corri
perigo
Seara do melhor
trigo.
De meu amor realidade
Hoje és a minha
saudade.
Volto a ti por teu
amor
Minha amada, minha
flor
Coimbra minha
verdade.
Lembro-te sempre saudoso
Ao longe, nesta
Lisboa.
Jamais te canta à toa
Meu ser de ti
sequioso.
És meu canto
fervoroso.
Andei p’lo belo
Choupal
Esse local sem igual
Onde amores se amaram,
Abraçados se beijaram.
Coimbra campo de
flores.
No teu Penedo encantado
Vi a paisagem sem
fim.
Ali me esqueci de mim
Nesse local tão
cantado.
Em Santa Cruz
consagrado.
Velha Universidade
Jóia rara sem vaidade!
Santa Clara e Mondego
Admirei p’ra meu
sossego,
Flores da minha
saudade.
Lisboa, 30 de
novembro de 2015
JGRBranquinho - “Zé
do Monte”