domingo, 15 de novembro de 2015

DEIXEM-ME




 Deixem-me gritar
esta revolta que me afronta,
me sufoca e sinto a sós!
Deixem-me viver…
que minha alma  
está sequiosa de amor
 e, na sua dor,
 não quer calar sua voz.
Deixem-me sonhar e cantar
esta ânsia de melhor
que em mim habita,
qual desdita!
Deixem-me cantar,
enquanto quiser e puder!
Poder afastar a dura mágoa
que há tanto, já,
em mim palpita.
Deixem-me…
continuar a vaguear
meus sonhos mais risonhos
do amanhecer ao entardecer!
Deixem-me…
em transportes de amor,
esta minha dor
poder, enfim, esquecer!
Deixem-me…
o prazer de lutar por encontrar
o grande amor que ambicionei!
Deixem-me… até morrer,
poder viver olhando essa Flor
 que conheci e eu próprio cuidei!
A Flor que em meus sonhos sonhei!
Deixem-me, que meu espírito,
Também, já libertei.
Deixem-me amar!
Deixem-me viver!
DEIXEM-ME!

Revisto em novembro de 2015
JGRBranquinho    -   “Littlewhite”


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