Andam pelas ruas, moças engraçadas!
Ao vê-las tão
contentes, tão airosas,
Lindas pétalas de
rosas desfolhadas,
Encanto-me ao vê-las
tão formosas.
Com seus enfeites de
variada cor
Dão-te, Coimbra, redobrado valor.
Ei-las passando!
Exalam seu perfume!
São, para o poeta, visão de sonho!
Sacudindo, da vida, seu
negrume,
Meigo sol de alegria, seu
ar risonho.
Todas frescura, graça
e encanto,
Inspiram agora meu pobre canto.
Vivendo aqui- paraíso
perdido-
Sua missão mais nobre,
mais sublime,
Dar alento ao peito
mais sofrido,
Rasgando trevas, são luz que redime.
Seu ar tão distinto, sem afetação,
Prende nosso olhar, nosso coração.
Dão cor à lida na noite sem lua,
Penetram em nós
qual raio de luz.
Mas, meu Amor, nada como a tua:
Mas, meu Amor, nada como a tua:
Mágica luz que a
tristeza reduz.
És tu, meu Amor, bela
andorinha,
Meu anjo da guarda, sorte
minha.
Coimbra, 16 de
fevereiro de 1955
NOTA:-Revisto em novembro de 2015
JGRBranquinho
Sem comentários:
Enviar um comentário