segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A COIMBRA - Décimas



A COIMBRA - décimas
 (Glosando esta minha quadra)

Coimbra de meus amores
Coimbra minha verdade
Coimbra campo de flores
Fores da minha saudade.

Em teu seio fui feliz
Terra amiga sem idade!
Hoje és minha saudade
Ninguém, como eu, te quis.
Longe de ti… infeliz.
Em ti formaste doutores
Renderam-te seus louvores
Alegres te enalteceram.
Jamais de ti se esqueceram.
Coimbra de meus amores.

Em ti encontrei abrigo
Na distante mocidade.
Foste mãe, qu’rida cidade
Jamais aí corri perigo
Seara do melhor trigo.
De meu amor realidade
Hoje és a minha saudade.
Volto a ti por teu amor
Minha amada, minha flor
Coimbra minha verdade.

Lembro-te sempre saudoso
Ao longe, nesta Lisboa.
Jamais te canta à toa
Meu ser de ti sequioso.
És meu canto fervoroso.
Andei p’lo belo Choupal
Esse local sem igual
Onde amores se amaram,
Abraçados se beijaram.
Coimbra campo de flores.

No teu Penedo encantado
Vi a paisagem sem fim.
Ali me esqueci de mim
Nesse local tão cantado.
Em Santa Cruz consagrado.
Velha Universidade 
Jóia rara sem vaidade!
Santa Clara e Mondego
Admirei p’ra meu sossego,
Flores da minha saudade.

Lisboa, 30 de novembro de 2015
JGRBranquinho   -  “Zé do Monte”









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