Blogue essencialmente de poesia, alguma prosa e outras informações de carácter geral sobre o Alentejo e seus artistas
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
AQUI NESTE DESERTO
Aqui, neste deserto, insubmisso e só,
Muito longe, sim, mas sempre perto!...
Garante dum viver de sentir desperto,
Alguma ambição, quase reduzida a pó.
Largo mar tenebroso, minha nau agita!
Riem de mim por esta agonia infinda,
Por este querer que me habita, ainda,
Que inventa esp'rança onde há desdita!
Trago, no peito, saudades doutra era...
Minha alegria, longínqua primavera,
Invocação pura do que sonhei ter.
Relembro o passado, já, em desespero!
Detesto esta noite fria que não quero,
Há só amargura dentro do meu ser.
JGRBranquinho
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