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domingo, 15 de fevereiro de 2015
O ASSASSINATO DO GENERAL HUMBERTO DELGADO
O ASSASSINATO DO GENERAL HUMBERTO DELGADO
Foi no dia treze de fevereiro do ano de mil novecentos e sessenta e cinco.
Mais uma má recordação nacional, talvez a pior de todas!!!
Nossas almas se arrepiam, nosso coração se confrange de dor, sabendo do nefando crime cometido por gente sem alma, sem coração.
O regime político português, temendo vir a ser derrubado, assassinou um seu GENERAL- O GENERAL HUMBERO DELGADO, juntamente com a sua secretária -ARAJARARIR CAMPOS- em Villa Nueva Del Fresno- Espanha- na zona de Badajós, junto à nossa fronteira.
Consumado o crime do governo de Salazar, através da sua polícia política, com a chamada "operação outono", foi grande a consternação ao tomarmos, muito mais tarde, conhecimento dele, por denúncia do governo espanhol.
Naquela altura era muito perigoso alguém, publicamente, manifestar-se contra o maldito regime e o GENERAL SEM MEDO fê-lo, ao afirmar a célebre frase:-"Obviamente, demito-o" referindo-se a Salazar, na Campanha que fez para a Presidência da Republica, de que seria derrotado por falsificação dos votos, a favor do Almirante Américo Tomás.
Muito sofreram essa dor em silêncio forçado, dado o receio sempre presente de retaliação por parte das autoridades ao serviço do dito Estado Novo.
Não era só o medo dos agentes visíveis, mas principalmente dos informadores secretos- "as toupeiras", especialmente designados por "pides" a soldo do execrável governo ditador.
Rosa Casaco- chefe de brigada- Casimiro Monteiro e Agostinho Tienza, Ernesto Ramos e Mário de Carvalho, congeminaram o crime e concretizaram-no barbaramente a frio- sem dó nem piedade!
Os pormenores do nefando crime são um horror para quem fizer uma consulta cuidada, auxiliada, também, pelo próprio filme que depois foi feito.
Então não havia outra maneira de submeter um homem já com alguma idade e doente?!
Se o conduziram traiçoeiramente até ao local do crime, teriam ocasião de antes o prenderem, poupando-lhe a vida, bem com à sua companheira.
Mas não, a ideia era calá-lo para todo o sempre! Ai, a política, ai política!
Criminosos sem perdão a soldo dum governo que durante quarenta e oito anos aqui vigorou para mal duma sociedade, para mal dum País- o nosso querido Portugal.
Quinta da Piedade, 13 de fevereiro de 2015
JGRBranquinho
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