sábado, 22 de maio de 2010

REFRIGÉRIO


Elevam-se no ar
perfumes de Primavera!
O pobre poeta...
chorando com sentido.
Um rumo lhe traçaram
como não quisera!
Em seus versos
canta uma quimera!
A sós, no Mundo,
sobrevive ressentido.

Amou com esmero,
sentido o seu fervor...
Flor que desabrochou
 no seu caminho.
De beleza singular,
por ela a sua dor!
O coração
sentindo outro calor..
Só, por um pouco,
ter o seu carinho.

Anda triste, sim,
mesmo magoado !
Sem alegria...
a sua alma ferida.
Deixou de sorrir
ao ver-lhe sonegado
Refrigério qu'rido,
jamais olvidado!
Luz que o iluminou
e não quer perdida.


JGRBranquinho

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