terça-feira, 4 de maio de 2010

CAI A CHUVA



Cai a chuva, em torrentes lacrimosas
Do Céu, sobre a Terra entristecida!
E essas lágrimas pendentes, tão formosas!,
Deixam minha alma estarrecida.

Dos beirais do telhado, em ritmo igual,
Ouço-as quebrar este silêncio sepulcral.

Caem  sobre as pedras das  calçadas
Juntam-se formando uma corrente!
E em ondas pequeninas, compassadas...
Vão juntar-se ao rio, lentamente.

Pergunto à água:
-De onde vens, tão pura?
E uma gota transparente, pequenina,
responde  mal segura e sem tardar:
-Da ignota altura, de encantar!

E, como a água
 a região desconhecida,
sua pureza cristalina foi buscar...
Também minha alma,
em devaneios perdida...
Busca, sempre, Mulher,
tua imagem encontrar.

                                                                          JGRBranquinho

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